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Rondonópolis, MT, Brazil
Sou Max Ferraz artista, Músico,produtor, ativista cultural, Toco vários instrumentos,escrevo, componho e gosto de curiosidades.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Epitáfio de Amy Winehouse

                                                         
                               Olá!

Essa sou eu, uma menina de aparência frágil com sonhos normais, com vontades comuns, mas com um caminho que eu escolhi a trajetória para trilhar. Viver a tão sonhada liberdade na cabeça e os pés nas nuvens, como todo mundo sonha e não consegue ser, eu sim eu voei, voei pra muito longe do meu lugar, conheci o mundo em tão pouco tempo, as pessoas me conheceram em pouco tempo e o mundo me reconheceu e aceitou como eu era: porra loca, irreverente, extrovertida, sem limites.  Cantora que leva vários prêmios de música, enfim eu fui a melhor. Sabe, minha sanha era muito voraz, eu queria gozar eternamente um prazer que só eu sabia o gosto e ninguém podia atrapalhar, pois eu era dona do meu destino e de minhas vontades.

Talvez em mim, a ausência do reconhecimento da importância de viver menos veloz fora o estopim dessa bomba que provei o amargo gosto da explosão final, eu precisava me sentir auto-segura e buscava em tudo uma segurança, mais nada era seguro, só a loucura era a ponte entre o sonho e minha realidade. Na condição de responsável por mim mesma sei que fui reticente com a vida, com as pessoas que estavam ao meu redor, esqueci de mim, de viver uma vida sem o chamado “hedonismo grego”. Uma vez me disseram que hedonismo significava a máxima do prazer individual, acho que foi isso que busquei!

Entretanto, esse trágico final eu não planejei, aliás, eu nem sei como tudo se deu, foi uma curta loucura, uma rápida temporada pelo mundo. Nasci, cresci, adolesci, criei meu universo que só eu entendi. Agora estou aqui falando com você sobre essa forma cruel de morrer, sem aprender as lições da vida, sem uma fé para crer, sem ter feito as três coisas básicas da vida, “um filho, um livro, uma árvore”. Bom, vou incurtar meu resumo dizendo que a maior lição que tirei da vida foi: não reparar que há nesse mundo maravilhoso tantas belezas pra se ver, tanto por se fazer pelas boas mudanças, tanto para viver do amor, tanto pra dar e receber, porém, essa minha pergunta é de um caminho que não começou ontem e nem vai terminar amanhã. O que mais me entristece agora é saber que a vida não tem replay para eu recomeçar tudo de novo e ter uma segunda chance de corrigir meus erros infantis, ser uma mulher adulta nas minhas escolhas, de me blindar contra o adverso e as ofertas errôneas que nos tornam adictos – dependentes dos vícios sociais, escutar o que eu precisava e não o que eu queria ouvir. Bem, esse é meu curto relato de vida, e o seu? Você não vai escrever sua resenha parecida com a minha! Vai?

Autor: Max Ferraz