Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Rondonópolis, MT, Brazil
Sou Max Ferraz artista, Músico,produtor, ativista cultural, Toco vários instrumentos,escrevo, componho e gosto de curiosidades.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Reflexão da relação by Max Ferraz

O Cansaço da Relação


Há muito tempo homens e mulheres travam uma constante guerra dos sexos, e nunca chegaram a um denominador comum, continuam digladiando pra ver quem pode mais, quem veio primeiro, quem é o ser superior e por aí vai.

A religião diz que a mulher foi tirada da costela do homem pra ser sua fiel companheira, estudiosos dizem que um é complemento do outro. Há muitas controvérsias sobre o tema, mas uma coisa é inegável quando eles se encontram e se completam é como se duas esferas tornassem um só mundo. No início dão tudo que há de melhor um para o outro, como prova do verdadeiro sentimento e lealdade, que até os gestos mais simples ficam grifados em suas mentes pra sempre, a incondicionalidade nos apoios, a primeira carta, a rosa, o beijo, o jeito bobo e dengoso de se tratarem, o primeiro email, enfim o bom e velho romantismo que nunca cai de moda no seu contexto geral.

Um casal se conhece e começa a relação, começa pelos olhares e olhares insinuantes, depois trocam as mais lindas palavras de se ouvir, as afinidades, os toques de carícias, os envolvimentos mútuos, as cumplicidades até nas coisas sem o menor sentido e finalmente a consumação carnal, que é um ponto extremamente significante para a edificação da vida a dois, porque é o processo natural da convivência e do primeiro contato humano.

Até aí “tudo são flores” e tudo respira amor, mas todo esse deslumbre só tem duração até a quarta página do livro A vida a dois, ou o quarto, quinto ano, porque é um período de transição na relação e então parece que todo aquele encanto, as formalidades, o se importar um com outro vai se igualando ao ranço de quatro paredes e aquela forma de dar vários sentidos pra mesma coisa vai se tornando a anti-sala do manicômio. O início da loucura a dois, por falta daquele encanto emocional que era o elemento mantenedor, o combustível da relação que fazia tudo ser bonito e gostoso de viver. Aí surgem os problemas e começam aparecer os verdadeiros sintomas da precariedade humana, a falta de paciência na relação. Diante dos conflitos de interesses até a boa educação “desce ralo a baixo”, ninguém se reconhece mais, vai caindo vertiginosamente a temperatura da emoção e se transformam em dois estranhos no ninho, criando um pelo outro aquilo que se chama de ambivalência – amor e ódio ao mesmo tempo.

Pesquisas revelam que a vida útil de uma boa relação é de quatro a cinco anos, se não tiverem filhos. Mas isso varia de casal pra casal. O começo da relação é cheio de paixões e descobertas, por isso a convivência costuma ser mais fácil e as brigas menos constantes. Mas com o tempo e a intimidade é normal que os problemas apareçam. Às vezes é preciso jogar um balde de água no barril de pólvora quando explode, como: ter uma boa conversa, expor as vísceras dos problemas pro outro e não ocultar nada – esconder verdades é medida paliativa – só a certeza da verdade interessa, a mentira é o maior vírus de uma relação. Voltar às bases de respeito e cumplicidade com o cônjuge, lembrar que são dois em uma só carne, que a rotina existe mas tem antídoto, que a busca por um ponto de equilíbrio é sensato e salubre para a convivência. 


O homem precisa aprender a falar mais e a mulher perceber que nem tudo é para ser dito. Apontar o dedo para o outro e responsabilizar o parceiro é uma das atitudes mais corriqueiras nas discussões. Isso deixa o outro em posição de ataque e torna o debate sem nem uma conexão plausível.

Na simbiose humana o importante é compartilhar, é doar aquilo que se tem de melhor à outra pessoa. Amar é decisão da vontade de cada um, e os casais precisam estar preparados para lidar com a situação de perda de qualidade na vida a dois, tentar voltar para aquele clima calmo e sereno que era antes, na tentativa da reconstrução daquilo que foi perdido com o passar do tempo. Porque quando caminhamos juntos sempre é tempo de aprender e reconstruir uma nova vida.

Autor: Max Ferraz 

Um comentário:

Unknown disse...

Porque quando caminhamos juntos sempre é tempo de aprender e reconstruir uma nova vida.
BjO