Vivemos num Mundo onde temos uma imensa variedade de opções e também muitas facilidades para tudo quanto quisermos, muita oferta de informação amiúde em abundantes quantidades, porém, impressionantemente elas se dão com poucas vantagens qualitativas, tudo acontece muito rápido e acabam tirando de campo muitas peças que são altamente importantes para tornar o aprender mais saudável, como por exemplo, ler um bom livro e entendê-lo 30% no mínimo, mas o que vimos é o contrário, hoje se lê um trecho de um conteúdo informativo ou algumas frases na net e pronto, já é o suficiente para considerar-se uma sumidade no assunto e se auto-intitular dono da sabença.
Minha preocupação é com o que vamos deixar para a posteridade, para os filhos de nossos filhos e com essa nossa geração que é o rotor dinâmico da imaginação informativa desses descendentes que hão de vir. Somos nós que estamos escrevendo as linhas da história para daqui a cinquenta, cem, duzentos anos, as chamadas linhas de uma nova evolução, nos preocupamos muito com o mundo que vamos deixar para os nossos filhos, mas esse mundo depende muito mais de que filhos nós vamos deixar para governar esse planeta.
É, é de se pensar e repensar, pensar primeiramente no ônus público, ou seja, na responsabilidade da direção social mesmo na esfera virtual e nos espaços de entretenimento. Que tipo de informação estes jovens estão consumindo e introduzindo em seus saberes? São questões que temos que por em relevo sim, abrir esse diálogo como espaço de reflexão na cabeça dessa juventude, senão estaremos batendo a foto do retrato da decadência educacional do futuro.
Não sou contra a midiatização do mundo pós moderno mesmo porque estamos numa grande aldeia global chamada Terra, sou um homem do meu tempo e como tal faço parte desse todo, mas sobremaneira me assusta essa perda de referência dos valores da educação, principalmente, na escrita onde vem aumentando drasticamente sua queda, voltamos aos primórdios, agora estamos falamos por sinais, por pictografia, emoticons, falta comunicarmos por sinais de fumaça como os ameríndios estadunidenses faziam em remotos tempos. Por se tratar de uma geração desprendida de conceitos tradicionais que vive a ditadura do consumo imposta pela televisão e pelos mult-meios considero que tais neologismos escritos é uma forma de imbencializar essa pobre geração e distanciá-las da norma culta, porque para eles o que vale é o que está aí a disposição e se está a disposição eles usam sem avaliar precedentes, sem revisitar a historicidade e como comportavam as coisas antes da chegada da internet.
A mídia destila uma série de informações diariamente, mesmo porque é o papel dela divulgar a informação, porém, ficamos atônitos com seu grande volume e não se pode assimilar com segurança tanta informação ao mesmo tempo é o chamado praticismo moderno, que é também o câncer na hora em que chega o momento do aprendente prestar um vestibular, encarar um ENEM, é um corre-corre, uma sangria desatada porque as pessoas no despreparo usam o computador mais como recurso de lazer do que como ferramenta de aprendizado e isso causa certa debilidade intelectual, as pessoas pensam estar preparadas quando na verdade elas possuem apenas simples tópicos das questões em seu conjunto cognitivo ficando longe da essência do saber. Eu concordo integralmente que temos que criar Info-espaços, medidas destinadoras de melhorias, democratização de acesso dentro e fora do ambiente escolar mais também rever alguns conceitos que não fora antes avaliados por todas as pessoas que têm responsabilidade com o comportamento do mundo virtual.
Autor: Max Ferraz