Que o Brasil está mudando, isto é fato, quer dizer, está melhorando a fotografia, entretanto, ainda está muito além do desejável, porque na distribuição os recursos não chegam ao destino final como deveriam chegar e ainda falta o mais importante de tudo, a participação das pessoas na discussão dos interesses, que é uma máxima decisiva na hora de discutir as melhorias, é o povo que sabe onde os problemas emergem e afetam. Mas a chamada preguiça de discutir política no Brasil acaba sendo a porta aberta para tudo isso que acontece no meio da politicagem, com o sufrágio (voto) o político é outorgado a denfeder os interesses do povo, de posse desse poder ele inverte os papéis para defender seus interesses e apaixona pelo que faz preterindo os anseios da plebe. Entretanto isso não é o pior, o duro é aguentá-lo em um ciclo vicioso de quatro em quatro anos, querendo roer o osso do fácil conforto.
O povo é casuísta, a sociedade é manipulativa ─ aceita a situação de fracasso e descaso de fora para dentro como destino final. Uma parcela mínima está envolvida e preocupada com as mudanças nas diretrizes sociais. É dever da população inteira ser partícipe desse novo momento na transformação da economia, fazer valer de verdade o S do social, primar por políticas horizontais e acabar de vez com as políticas verticais, que somente atendem o setor privado. Precisa-se inverter os lados, a classe pagadora de impostos tem que lançar mão dos bens essenciais como: seguridade social, melhorias nos setores de estruturas básicas ─ saúde, educação, infra-estrutura, salário mínimo, mão de obra qualificada, atualizar leis e códigos, erradicar de vez o analfabetismo, fazer reparações quitando a dívida com as etnias escravizadas, melhorar a distribuição de renda.
O ideal seria que esses “representantes do povo” assumissem o papel de promover a transformação do país com ceredibilidade e não deixar para o povo a missão de ser agentes do processo transformacional. Pois somente entendem que deve haver mudanças se os movimentos paredistas forem às ruas defender seus direitos usando o último recurso democrático com as caras pintadas.
Esse é o momento de reivindicar tudo isso, pois chegamos num patamar de igualdade econômica no mundo, significativamente aumentaram nossos bens, o Brasil é um celeiro abarrotado de inúmeras riquezas, estamos até emprestando dinheiro ao FMI. A sociedade não pode ficar a margem desse bom momento, são direitos inalienáveis da população essas ações de melhorias como diz o Artigo V da Constituição. Chega de bancar vida boa a esses voluntários remunerados de Brasília, porque senão o futuro das nossas crianças será como aí está somente uns poucos ganhando muito e cada vez mais, culminando vilipendiosamente no massacre homérico das minorias que estão sendo achatadas de cima para baixo, e a tão sonhada democracia uma mixórdia generalizada em todas as questões que convergem no sentido de objetivos comuns para o bem da população. Talvez a família, a educação e a religião no seu importante papel possam juntas encampar novos modelos de comportamento e introjetar na cabeça das futuras gerações a prática de discutir política nos lares, nas escolas, nas ruas e assim termos inserido no dia a dia costume de falar em política como assunto pertinente a vida, como se fala de internet, futebol e carnaval.
Autor: Max Ferraz
2 comentários:
Atribuo a falta de participação da sociedade nas decisões políticas atuais, o que é extremamente prejudicial como bem elencado por ti Max, a comodidade. Aliás este é o mal mais agressivo da sociedade brasileira na minha opinião. O cidadão tupiniquim como bem disse Humberto Gessinger em um das suas letras. "quer fazer o milésimo gol sentado na mesa de um bar". Ninguém quer por a mão na massa, ninguém quer dar a cara a tapa ou mesmo alguns tapas em caras que merecem. Não é interessante agir concretamente porque aquele político me ofereceu um emprego ou porque certa vez ajudo minha vó fazer uma cirurgia, ora bolas, como se um patrão não mandasse embora algum servidor por um trabalho prestado no passado. O povo não sabe o poder que tem, ou se sabe, tem medo de usá-lo. Sempre teremos corruptos, mas enquanto formos omissos, permitiremos a corrupção banalizada. O maior problema do Brasil não são os políticos.
Bela reflexão Evandro, parabéns, é isso ai, a missão de mudar esse país é nossa, e você como jornalista tem uma visão congênere a minha, vamos todos juntos na batalha, grande abraço, prazer enorme te-lo aqui
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