Os anos oitenta foi uma década privilegiada com uma profusão de surgimentos artístico-culturais de modo e nível internacional. Com o Brasil não foi diferente devido estar na zona de respingo dos acontecimentos do mundo. A partir de então alguns muitos valores e nomes eclodiram ocupando espaços e mergulhando na alma daquela geração e viralizando as gerações posteriores, logrando êxito no quesito formação de pensamento e atores, tanto no campo cultural como no campo das idéias e porque não dizer nas diretrizes políticas. Pela primeira vez se viu os jovens se interessando na participação das mudanças, causando a chamada rebelião social, lutando por um patamar de direitos e igualdade social e pelas coisas justas, mostraram suas caras, lutaram por coisas que até hoje todos são beneficiados, insurgiram contra as falcatruas políticas da época, enfim, mudaram o curso de muitas direções e isso foi profícuo para vários adventos, no sentido de sobrepor aos desafios e se preparar para o novo.
Nessa ocasião surgiu uma banda com um nome esdrúxulo, curioso que levantou uma lebre muito sinistra, chamada Egotrip, que nos fez ir ao campo de pesquisa para discernir e discorrer sobre o respectivo significado desse nome, que só confirma a evolução do pensamento daqueles jovens que eram preocupados com o modo e sua identidade cultural.
Vamos lá, Egotrip é um neologismo circuncoloquial da fusão de duas palavras totalmente dispares, (Ego do latim “Eu” e Trip do vernáculo inglês, que quer dizer viajem). Então Egotrip em seu campo semântico literalmente quer dizer, “A viagem do ego”, ou uma viagem ao fundo do “Eu”, logo um eucentrismo.
Na esfera literária, tudo que a pessoa escreve ou descreve se torna uma Egotrip. Quando alguém começa falar ou escrever sobre a especificidade de um assunto e subitamente começa a referir sobre si na questão, imprecisamente se está na Egotrip, ou seja, se colocando na primeira pessoa, quando o sentido não permite. Egotrip são as viagens que o ser humano faz dentro de sua cabeça e desapercebidamente socializa.
Autor: Max Ferraz
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